Eu ♥ Este Filme #1

03 junho C. Vieira 0 Comments

Olá,

Eu estava esperando algum tipo de motivação para escrever o primeiro "Eu ♥ Este Filme", e não a encontrei em parte alguma. Por isto, para criar a vontade, decidi apelar para um sorteio de todos os meus filmes favoritos (a lista é grande!). 
Eu utilizei o Sorteador, site para sorteios online simples e eficiente. E o resultado foi o número de um filme (é, eu faço listas numeradas! rs) que eu não assisto há tempos mas que me encantou desde a primeira vez que o vi num dos "Corujões" da vida. Porque, sim, eu amava varar as madrugadas silenciosas assistindo filmes clássicos. Me recordo até hoje de uma maratona dos filmes de Elvis Presley. E uma outra dos do Jerry Lewis. Eu era uma adolescente muito cool!
E para entrar de cabeça neste subespaço do blog, eu decidi rever cada filme sorteado - O que não seria nenhuma tortura para mim -. Além disso, assistir novamente a uma película me faz ou reviver a emoção de um filme querido, ou perceber as mudanças que ocorreram em meus gostos cinematográficos desde a primeira sessão, ou concluir que eu estava louca quando pensei que o filme era bom! Haha
Contudo, uma coisa que percebi foi que eu não sou preconceituosa com filmes. Não existe gênero para o qual eu torça o nariz. Gosto de todos, se a história for boa. 
Porém, para ser um preferido precisa de um enredo maravilhoso. como com os livros, o filme tem que "me ganhar"! Precisa me causar fascínio, assombro, emoção, prazer, risadas verdadeiras e até mesmo uma certa raiva. Os mornos não me atraem de todo. Assisto, claro! mas para ter um lugar na lista de favoritos tem que ser uma "obra-prima".

E este é exatamente o caso deste filme:


A história, eu imagino que todos já conheçam. Quem não viu a Animação da 20th Century Fox (que depois passou para as mãos da Disney) de 1997, que atire a primeira claquete! 
Bem, eu também assisti ao desenho, mas, por algum motivo, eu não reconhecia na menina ruiva a beleza e a interpretação impecável da atriz Ingrid Bergman. Eu posso discorrer sobre o histórico de filmes desta incrível atriz sueca e os filmes que mais me cativaram com sua atuação brilhante. Mas aqui, eu quero falar de Anastasia, o filme, e tão somente. 
A história se passa em Paris, França, na década de 1920, e centra-se no general Sergei Bounine e na mulher chamada Anna Koureff. 
Anna (Ingrid Bergman) que, na história, esteve em um "Asilo" (uma espécie de hospital para pessoas pobres e indigentes) aos cuidados de freiras, inicia o filme demonstrando estar doente, esfomeada e sozinha em Paris. Triste por não ter ideia de quem seja, ela pensa em tirar a própria vida, mas Bounine (Yul Brinner) impede que ela pule no rio Sena.
Bounine é o líder de um grupo de golpistas que usa a "lenda" da princesa Anastásia Nikolaevna Romanova estar viva para tirar dinheiro de compatriotas russos. Mas eles são pressionados a encontrarem a verdadeira Anastásia ou irão para a cadeia por fraude.
A perda de memória faz Anna parecer louca e ela se recusa a participar do esquema de Bounine. Porém, ele a faz acreditar que pode, sim, ser a princesa perdida. Assim, ele a apresenta a um grupo russo, que também passa a achar que Anna talvez seja mesmo Anastásia. E Bounine decide apresentá-la a avó da verdadeira princesa. 
A Imperatriz-mãe não aceita um encontro, por julgar Anna mais uma fraude entre tantas que já tinha visto. E o esperto general decide, então, aproximar Anna daquele para o qual Anastásia estava prometida em casamento antes que a Revolução Russa acontecesse. Anna odeia a ideia e não teme expressar seu descontentamento (lembrando muito a personalidade forte da Anastásia verdadeira), mas acaba percebendo qualidades no príncipe e se deixa envolver por este. O que faz com que o plano de Bounine dê certo, mas não o deixa completamente satisfeito, pois ele se sente incomodado com a ideia de que Anna pode ser realmente Anastásia e se casará com seu pretendido. Mas não há nada que ele possa fazer se era este o seu plano original.

O resto do filme, porque acontecem mais coisas, eu não conto. 

Mas preciso falar de algumas particularidades sobre  a história verídica, o filme e a romantizada Animação: 

Primeiro, a Anna do filme existiu realmente, como muitas outras que foram usadas para se dizer que a princesa estava viva. E foi mais ou menos baseada na história que ela contou que o filme e a animação foram feitos.

Segundo, este filme não é um musical. Então, não há cenas de canções intermináveis (o que mais me cansa em filmes da Disney e similares. Cada um com seu gosto, claro!). É um romance, com pinceladas de drama como os filmes da Bergman sempre o são.

Terceiro, a magia que há na Animação pode não existir no filme, mas embalou a mente de muitas gerações que se perguntavam se Anastásia teria ou não escapado da execução que fulminou sua família (e, sim, eu sei o que acontece com ela!). 

E quarto, Anastásia tinha 17 anos quando a revolução eclodiu. Ou seja, o filme está mais próximo de sua idade real do que a Animação.

Eu amo este filme porque sou fã da Ingrid (com aquele jeito sofrido de expressar a dor e a angústia que dá até arrepio na alma) e do Yul (com aquela carecona e a cara de mal). Para os fãs de filmes clássicos, é dos mais levinhos. Mas para quem gosta de filmes de romance sem aquela enrolação das comédias, é um deleite. E, por isso, um dos meus favoritos.


Até o próximo filme!

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